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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Rolezinhos

Desde o fim de 2013, jovens têm organizado encontros pelas redes sociais, principalmente, em shoppings da capital paulista e da Grande São Paulo. Os eventos ficaram conhecidos como "rolezinhos". A primeira iniciativa a ganhar repercussão aconteceu no Shopping Metrô Itaquera, Zona Leste de São Paulo, em 8 dezembro.  Algumas lojas fecharam com medo de saques e o centro comercial encerrou o expediente mais cedo.
Este tipo de encontro em lugares públicos-privados não é propriamente uma novidade em São Paulo. E não começaram especificamente no ano passado. Estacionamentos de supermercados e postos de gasolina também são corriqueiramente ocupados nas noites e madrugadas aos finais de semana por um grupo que quer se fazer ouvir – ou apenas se divertir - independentemente do estilo musical que entoa.

Os organizadores definem os encontros como um "grito por lazer" e negam qualquer intenção ilegal, 
mas viraram alvo de investigações policiais.


Em 8 de dezembro, o “rolezinho” no Shopping Metrô Itaquera reuniu cerca de seis mil adolescentes, segundo a administração do centro comercial.  Houve tumulto, a polícia foi acionada e o shopping fechou uma hora e meia mais cedo. Na época, pessoas que se identificaram como clientes e lojistas comentaram na página do Facebook do shopping que houve arrastão e furtos naquela noite de sábado. A administração negou a onda de furtos.



O segundo encontro, que reuniu 2,5 mil pessoas, aconteceu no Shopping Internacional de Guarulhos, em 14 de dezembro.  Clientes relataram que houve tumulto nos corredores do centro comercial. Embora não tenha havido registro de feridos nem roubos, pelo menos 22 suspeitos foram levados para uma delegacia da cidade na região metropolitana de São Paulo. Eles foram averiguados e liberados em seguida.





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O estilo de roupa
Boné quicksilver, correntinha dourada no pescoço, bermuda cyclone, nike shox no pé, camiseta da hollister e o cabelo com o gel daquele jeito. Você já deve ter visto esse estilo por aí, esse é o estilo dos meninos dos rolezinhos. Brincar, paquerar, rir, se divertir, eles defendem a ideia de que só querem ostentar e ganhar uns beijos na boca.
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A polêmica da proibição


O problema de restringir o acesso é estigmatizar os grupos, já que os vetos podem servir como forma de selecionar o público dos jovens estigmatizando jovens pobres.

O que são os rolezinhos?

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Entende-se como rolezinho um encontro de jovens que vão ao shopping em bando com vários objetivos em comum. Para os participantes o rolezinho é: Zoar, dar uns beijos, paquerar, se divertir. Para os lojistas e a polícia, o rolezinho é: Tumultuar os centros de compras e promover roubos e furtos. Tudo começou com funkeiros fazendo manifestos em resposta a um projeto de lei que proibia bailes do estilo musical nas ruas da capital paulista. O primeiro encontro ocorreu no dia 7 de dezembro de 2013, no shopping Metro Itaquera, na Zona leste de São Paulo. Depois esses encontros foram ganhando uma proporção (dimensão) ao ponto de formar grupos de enormes de adolescentes que querendo (ou sem querer) causam confusão pelos corredores dos shoppings. Com a maioria desses jovens de origem pobre e moradores da periferia, eles alegam que só querem diversão, estar entre os amigos, conhecer umas "gatinhas" e cantar um batidão.

Jovens no rolê

Esses jovens que frequentam os shoppings são os adolescentes da nova classe média brasileira. São os filhos daquelas pessoas que melhoraram de vida nos últimos anos e que cresceram num universo sem tantas restrições orçamentárias. Cresceram tendo a certeza de que entrariam numa faculdade, que não teriam que parar de estudar para trabalhar. Mas que, mesmo assim, trabalham para ajudar na renda familiar. Enxergam no shopping um local corriqueiro para andar, seguro, no qual é possível se encontrar com amigos, onde há ar-condicionado e uma praça de alimentação decente.
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